Vitamina D
É uma vitamina lipossolúvel que apresenta várias formas e análogos. As mais utilizadas são: ergocalciferol (Vitamina D2) e colecalciferol (Vitamina D3). O primeiro está presente nos alimentos de origem vegetal, já o segundo é obtido através da transformação do 7-desidrocolesterol (presente na pele dos mamíferos) pela ação dos raios ultravioletas do sol, portanto a dieta pobre nesta vitamina e a falta de exposição ao sol podem levar a deficiência de Vitamina D inclusive em lactentes.
Esta vitamina é essencial para a homeostase de cálcio e fosfato e para mineralização óssea, por isso a falta desta pode levar a hipocalcemia, hipofosfatemia, submineralização ou desmineralização dos ossos, fraqueza muscular e dor e fraturas nos ossos. Em crianças pode haver retardo de crescimento e deformidade esquelética.
Por outro lado, a hipervitaminose pode causar anorexia, cansaço, náuseas e vômitos, diarreia, poliúria, noctúria, sudorese, dor de cabeça, sede, sonolência e vertigem. Cada organismo tem um limite de dose, por isso é muito importante o acompanhamento médico através de exames de doseamento da vitamina durante o tratamento. Bebês e crianças são geralmente mais suscetíveis aos efeitos tóxicos, portanto, muito cuidado ao aviar fórmulas para esses pacientes.
Normalmente, doses de 400UI são suficientes para prevenção da deficiência em adultos, porém é comum encontrar prescrições com doses maiores, podendo ultrapassar 100.000UI no tratamento da hipocalcemia devido ao hipoparatireoidismo, nestes casos a avaliação farmacêutica da prescrição e o contato com o prescritor em caso de dúvidas são essenciais.
No dia a dia da farmácia magistral, atender uma prescrição contendo Vitamina D pode ser um desafio por vários motivos, tais como:
– Por se apresentar na forma de cristais, há uma grande dificuldade para conseguir a uniformidade de conteúdo.
– As doses são prescritas em UI, portanto para aviar a fórmula é preciso converter esta unidade para unidade de massa (grama ou miligrama), de acordo com as informações contidas no Certificado de Análise.
– Como as doses posológicas mais frequentes são baixas, a diluição se faz necessária para obter uma maior segurança durante a pesagem.
– Sempre quando for solicitado a administração em gotas é preciso realizar a calibração do conta gotas.
– Quando a prescrição solicitar a apresentação de solução oral, a avaliação farmacêutica é de suma importância para identificar a concentração solicitada (Ex.: Vitamina D 400UI/gota ou 10.000UI/mL ou 30.000UI/30mL). Caso esta informação não esteja clara, entrar em contato com o prescritor.
– Trata-se de uma substância muito instável, pois pode sofrer oxidação e fotodegradação, portanto recomenda-se o uso de antioxidantes e embalagens que protejam da luz (Ex: vidro âmbar).
– O uso de um veículo oleoso (óleo fixo) não é indicado para neonatos e crianças pequenas por existir o risco de aspiração pulmonar nestes pacientes.
A manipulação da Vitamina D exige vários cálculos. Clique aqui para ver os cálculos e mais informações.
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